Tratamento Fisioterápico na Hernia de Disco Priscila Cavalcante Saboya Fisioterapeuta

Tratamento Fisioterápico na
Hernia de Disco
Priscila Cavalcante Saboya
Fisioterapeuta
No Brasil , as doenças de coluna , são
as primeiras causas de pagamento de
auxílio-doença e a terceira causa de
aposentadoria por invalidez
( Fernandes,2000)
Entre as enfermidades que ocasionam dor na
coluna está a Hernia de Disco , que nas últimas
décadas tem afetado uma parcela importante da
população economicamente ativa’’ (Garcia,1996)
Coluna Vertebral
33 vertebras

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A - Espinha Cervical (7 vértebras)
B - Espinha Toráxica (12 vértebras)
C - Espinha Lombar (5 vértebras)
D - Sacro (5 ossos fundidos)
E - Cóccix (4 ossos fundidos)
Equilíbrio e Sustentação
As vértebras
Articulação
Hernia de Disco
Fisiopatologia da Hernia de Disco
Fisiopatologia da Hernia de Disco
Fisiopatologia da Hérnia de Disco
Causas da Hernia de Disco
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
pequenas deformidades
ruptura no anel fibroso,
pelo esforço exagerado em flexão
carregar peso de forma irregular
Obesidade
Hipotonia
flacidez muscular
traumatismo
deformidade da coluna
alterações degenerativas
Idade
má formação congênita
neoplasia
Sedentarismo
depressão (Olivier,1996)
Tipos da Herniação

De acordo com o canal
medular :
Tabela 2
Hérnias
internas e medianas: apresentam-se
centralizadas ao meio do canal
Para - medianas: localizadas medial e lateralmente
ao meio do canal
Hérnias foraminais: localizam-se nos forames
vertebrais
De acordo com a dimensão
DENOMINAÇÃO
% DO CANAL
ACOMETIDO
Pequena
Até 12%
Média
De 12 a 25%
Grande
De 25 a 50 %
Gigante
Mais de 50%
http://www.scielo.com.br/scielo.php
Tipos de Herniação

De acordo com a lesão das fibras do disco:
Hérnia extrusas: ruptura em grande nível do anel fibroso do disco,
com a extrusão (expulsão) do núcleo pulposo, (material gelatinoso),
para o interior raquidiano
Hérnia seqüestrada: fragmento herniado que migra para cima, ou para
o interior do forame

De acordo com as classificações:
Herniação anterior do disco
Herniação intravertebral do disco
Herniação posterior e postero-lateral do disco
Sintomas
Lesão posterior ou póstero-lateral pequena, pode
haver pressão:
 contra o ligamento longitudinal posterior
 contra a dura-máter ou suas extensões ao
redor das raízes nervosas

protusão posterior extensa- sinais medulares
como perda do controle urinário e anestesia em
sela.
 protrusão anterior pode causar pressão contra
o ligamento longitudinal anterior, dor na
região dorsal
Sintomas e sinais da ruptura lateral de Disco Cervical
Dor e paresias
Perda de
sensibilidade
Perda motora
Perda do
reflexo
C4-5 C5
Pescoço, ombros,
membros
superiores
Ombro
Deltóide, bíceps
Bíceps
C5-6 C6
Pescoço, ombro ,
parte lateral do
braço e território
radial do antebraço
ao hálux e
indicador
Polegar, indicador ,
parte radial do
antebraçoi, parte
lateral do braço
Bíceps
Bíceps, supinador
C6-7 C7
Pescoço, parte
lateral do braço,
dedos anular e
indicador
Indicador, dedo
médio, parte radial
do antebraço
Tríceps,extensor
ulnar do carpo
Tríceps, supinador
Parte ulnar do
antebraço e mão
Metade ulnar do
dedo anular, dedo
mínimo
Músculos
intrínsecos da
mão, extensores
do punho
Nenhum
Disco Tabela
raiz 4
C7-T1 C8
Lesão no disco torácico

Dor unilateral (60%)

Adormecimento e formigamento (23%)

Extrapiramidais e espinotalâmicos – podem
afetados
Tratos longos e piramidais: paraparesia ou
paraplegia (18%)
 sinais de liberação piramidal: clônus ,hiperreflexia e espasticidade

Sintomas e sinais da ruptura lateral de Disco lombar
Tabela 3
Dor e paresias
Perda de
sensibilidade
Perda motora
Perda do reflexo
L3-4 L4
Superfície anterior
da coxa, parte
inferior
Superfície anteromedial da coxa
estendendo pela
perna até a parte
interna do pé.
Quadríceps
Reflexo patelar
L4-5 L5
Irradia por trás da
perna até a parte
lateral da
panturrilha e cruza
pelo dorso do pé
até o hálux
Usualmente
envolve a parte
lateral da coxa e o
hálux
Extensor longo do
hálux; menos
comumente,
músculos de
dorsiflexão do e
eversão do pé.
Nenhum
Irradia por trás da
panturrilha até o pé
e os pododáctilos
Quase sempre
compromete a
parte exterior da
panturrilha, a parte
exterior do pé, e os
pododáctilo
menores; menos
comumente, a
parte posterior da
coxa.
Gastrocnêmio, e
ocasionalmente
músculos de
eversão do pé.
Reflexo patelar
Disco raiz
L5-S1 S1
Diagnóstico

Mielografia

Discografia

Tomografia Computadorizada

Ressonância Magnética Nuclear
Ressonancia Magnética Nuclear
Hernia de
disco torácica
Hernia de
Disco Cervical
Hernia de Disco Lombar
Diagnóstico Diferencial
Hernia de Disco Torácica
Diferenciar de doenças neurológicas e tumores do
sistema nervoso
Observar afecçoes das vísceras torácicas
abdominais

Hernia de Disco Lombar
Diferenciar de patologias proximais ao disco, ao
nível da pelve e das afecções dos nervos
periféricos

Exames Específicos
Dor agravada pela flexão do segmento da coluna

A flexão aumenta a pressão intradiscal. A porção externa do anel
fibroso, que é inervada, ressente deste aumento de pressão; e as
terminações nervosas discais, por seus receptores para dor, são
estimuladas pelas altas concentrações de íons hidrogênio.

A porção mais externa do anel fibroso, não teve as suas fibras
totalmente rompidas; a hérnia está ainda contida por elas.

protrusão ou prolapso discal. Irradiação da dor para o membro
inferior e a prova de Làsegue é positiva, porém o exame
neurológico está pouco alterado.
Dor irradiada para um ou os dois membros
inferiores
lesão discal foi impelida para trás, rompimento das fibras do anel
fibroso e as do ligamento longitudinal posterior, localizando-se no
buraco de conjugação ou na cauda eqüina
processo inflamatório nítido que se estende às raízes e ao saco dural
abolição de reflexos e déficit motor
extrusão discal
A Manobra De Lasègue
Manobra De Vasalva

Para a lombar:

Para a cervical:
Peça o paciente para prender a respiração e fazer força
como que se quisesse evacuar. Emseguida pergunte se
houve agravamento da dor , e em caso afirmativo, peça-lhe
para descrever a localização.
Sinal das Pontas
Pede-se ao paciente para andar com a ponta dos pés e
depois com os calcanhares:
 Não consegue andar com um dos calcanhares:
compressão da raiz L5.
 Não consegue andar com uma das pontas dos pés:
compressão da raiz S1.(6).

Teste de Compressão

Sinal de Patrick-Fabere:
O tornozelo é colocado ao lado medial do
joelho contra-lateral, e o joelho ipsilateral
é gentilmente deslocado em direção à
mesa de exame
Positivo na presença de doença da
articulação do quadril ou dor lombar
mecânica
Síndrome da Cauda Equina
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
Está caracterizada por:
Disfunção de esfíncteres: retenção urinaria,
incontinência fecal e/ou urinária, diminuição do tônus do
esfíncter anal (60-80%)
Anestesia em sela: déficit sensitivo mais comum;
acometimento de região do ânus, genitais, sobre as
nádegas, coxas póstero-superior
Fraqueza motora significativa (pode evoluir para
paraplegia se não tratada)
Dorsalgia baixa e/ou ciática uni ou bilateral
Ausência bilateral do reflexo de Aquiles
Disfunção sexual
Fisioterapia
Diatermia por meio de ondas curtas e ultra-som





capacidade de penetrar profundamente nos
tecidos (de 3 a 5 cm)
aumento de sua temperatura e do metabolismo
celular,
Melhora do fluxo sangüíneo local,
Melhora propriedade elástica dos tecidos
aumento do limiar para a dor
Neuro-eletroestimulação transcutânea ou
TENS (transcutaneous eletrical nerve
stimulation),

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
teoria da comporta de dor, proposta por Melzack
e Wall
liberação de endorfinas, substâncias endógenas,
capazes de reduzir a dor
redução na utilização de medicamentos
redução temporária da dor
facilita a realização dos exercícios durante os
programas de reabilitação.
Facilitação Neuromuscular Propioceptiva –
Método Kabat
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
Técnica contração-relaxamento
Co-contração
Reversos de estabilidade
Coordenação
Controle Muscular Concêntrico e excêntrico
Estabilização do tronco
Alinhamento Postural
Harmonia das curvaturas da Coluna Vertebral
Alongamentos
Aumento do Comprimento das fibras musculares
 Relaxamento
 Flexibilidade
 Humor

Pilates
Alinhamento da Postura
 Concentração nos músculos mais internos
 aumento da flexibilidade e coordenação motora
 melhora do tônus e força muscular


maior mobilidade das articulações
Rolfing
Liberação da fascia
 Reposição dos segmentos
 Maior equilíbrio
 Aumenta a desenvoltura dos movimentos

Reeducação Postural Global
Conscientização de percepção do alongamento e
retração das cadeias musculares de forma global
 Tração
 Alívio da dor
 Correções Posturais

Tração

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




Separação do segmento da coluna vertebral
Fluxo de líquido e melhora a nutrição do disco
intervertebral
Estiramento dos tecidos em torno da raíz
nervosa
Redução da pressão intra-discal
Pressão negativa intra-discal que puxa o disco
herniado de volta
Melhora a nutrição para o nervo
Remoção de metabólicos e exsudatos
produzidos por inflamação de baixo grau
Hidroterapia
Propriedades Físicas da água (densidade,pressão
hidrostática,gravidade específica e flutuação)
 Bad Ragaz
 Watsu

Acupuntura

Inserção superficial, os receptores nervosos associados às fibras Adelta, que fazem a mediação das dores agudas e termocepção

Inserção profunda estimulará as fibras nervosas do fuso muscular e
as fibras A-delta e C, devem ser utilizadas nas doenças de instalação
mais consolidada (crônicas) ou "doenças profundas“

em nível local, o aparecimento de substâncias como a substância P,
leucotrienos, tromboxano e prostaglandinas E2 e D2

estimulam os quimiorreceptores, e a substância P, em especial,
ativa os mastócitos a liberarem histamina, estimulando as fibras C e
promovendo vasodilatação a nível capilar

bradicinina, serotonina,íons potássio e prostaglandinas que também
vão estimular os quimiorreceptores, diminuindo o limiar de
excitabilidade.
Prevenção
Prevenção
Obrigada!
“Fazer da interrupção um caminho novo...
Da queda ,um passo de dança...
Do medo, uma escada...
Do sonho ,uma ponte...
Da procura um encontro”
Dr. Nilton Petrone
e-mail: priscilasaboya@hotmail.com